segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal



Luzes coloridas
 Piscando em espiral em torno de árvores
 Que os seus frutos saciam a fome da ganância
Daqueles que não sabem de fato o que é ter fome.
 Um cachecol luzente que aquece o coração do consumo exacerbado
Que bombeia em suas veias um sangue verde.
Uma árvore que deixa muitos olhos encantados
Principalmente dos que estão do outro lado da janela
Sem ter quase nada essa e outras noites para por na panela
E nem ao menos uma meia furada
Para pendurar nos galhos das arvores da pracinha
a única árvore que possuem.
O papai Noel não poderá visita-los
pois a única chaminé que possuem
São os seus cigarros lisérgicos
Por onde adentram os seus natais
Com árvores, presentes, uma ceia farta,
 E uma família feliz dando gargalhadas
Até sair pelas suas chaminés a ultima fumaça
É quando o seus natais dissipam.

Por: Leandro Medeiros Santos

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Bebamos


Vem, vem amor...
Quero tomar-te
Num gole.

Como é que pode,
Eu te querer assim?

Ao alcance da minha boca
Com a fome que tenho
Que nunca chega ao fim.

Janaina Cruz.

Você não irá conseguir me beber só em um gole
Terá que se embriagar de mim por todos os seus dias
Por toda a nossa Eternidade
Assim como eu não vejo a hora de te sorver
Até a última gota do seu prazer
Quero que você transborde em mim
Com a minha língua adormecendo
Para que todos os seus desejos acordem
Quero que me deixe entre a necessidade de respirar
E o prazer de te amar
Não quero o sangue de o seu ventre blasfemar
E nem tão pouco cometer qualquer heresia contra Deus
Mas o dueto só estará pronto, quando o seu corpo estiver pronto para o meu.

Leandro Medeiros Santos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Xilogravura




Talhei a minha pele em cada parte da sua
 Xilogravamos os nossos corpos um no outro
Com a tinta voluptuosa do nosso néctar
O vernissage que nos recepciona
Ao adentrarmos na nossa galeria seleta
De obras de amor.

Por: Leandro Medeiros Santos
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