domingo, 21 de julho de 2013

Rótulos


                             

Um dos meus maiores problemas é que ao invés de ser submisso sou subversivo aos rótulos impostos por uma rotulada sociedade que não admite o rompimento com velhos e novos paradigmas no que tange as castas sócias das quais algumas delas a casca esconde a putrefação de seus frutos. Os répteis e outros seres rastejantes são os mais prováveis a sobreviver a uma extinção parcial dos seres vivos. A minha dignidade não sobreviveria em meio aos escombros e tão pouco como ser rastejante submetendo aos padrões por medo da exclusão...

Por. Leandro Medeiros

domingo, 26 de maio de 2013

Olhar



Os nossos beijos fazem os seus olhos
 Ficarem mais belos do que qualquer maquilagem
Ainda mas por se tratar de verdade
 E não uma pintura que as lagrimas da ilusão
Borram com a maior facilidade
 Pelo contrario, a chuva que escorre por sua face
Realça ainda mais o seu olhar de amor
É como um maquiador
Do qual maquila em sua alma a beleza 
Que reflete em seu semblante
O que o dispêndio não conseguiria
Mesmo com toda a vaidade feminina maquiar
 Sem desmanchar por qualquer motivo banal,
Sem camuflar dias ruins
Diferente dos dias que é ainda mais bela
Sem espelhos sem pinceis sem batons
Sem Celso Kamura
Simplesmente por te fazer feliz.

Por. Leandro Medeiros

terça-feira, 14 de maio de 2013

O Copular sem sexo


Imagem de uma das coreanas fotografadas pelo artista Ahn Sehomg.


A tua intimidade acalentou os horrores da guerra,
 mesmo em meio a outros horrores.
A dignidade foi estuprada
com a justificativa que não era digno
a abstinência dos heróis  
que lutavam bravamente por uma guerra indigna.
Ao invés do sexo, a violação contra elas
 foram a morfina da alma para uns
e a dor sem morfina para outros.
Os pênis se entrincheiraram em vaginas
que viviam a guerra da escravidão sexual,
além das balas zumbindo nos seus ouvidos.
Talvez fosse melhor para elas
 o barulho ensurdecedor da guerra
 do que os gemidos dos soldados
 sobre os seus corpos dos quais ainda
ecoam nas suas memorias.
 Mulheres de conforto era como eram conhecidas,
proporcionavam o que não era proporcionado para elas.
O sexo só existe quando ambos os corpos
 consentem com o prazer.
As guerras sempre justificaram as maiores atrocidades
 cometidas pela humanidade, mesmo não havendo nenhuma
justificativa para elas.


Nessa segunda-feira 14/05/2013 o prefeito da cidade de Osaka no Japão o Sr. Toru Hashimoto, declarou que o fato das 200 mil mulheres sendo em sua grande maioria da Península Coreana e da China terem sido escravizadas sexualmente na segunda grande guerra mundial pelos soldados japoneses, foi compreensível por conta da necessidade que os mesmos tinham de manter a disciplina e obterem descanso para os seus corpos.
Fonte: Agência Associated Press. 

Por. Leandro Medeiros

sábado, 11 de maio de 2013

Laqueadura


Mutilaram o meu útero
Esterilizaram-me.
Invalidaram-me.
Laquearam a minha esperança,
Por julgar ser o melhor para mim.
Por ventura vos sois Deus?
Pois usurparam o Seu lugar.
Sinto agora o meu ventre oco
e ao mesmo tempo cheio de lágrimas.
A dádiva da vida fora decidida
por uma lei que não foi a de Deus,
e sim de homens dos quais
não sabem o que é ser mãe.

Homenagem às mães que tiveram usurpados os seus direitos de ser mães, pelo Conselho Federal de Medicina ter julgado que a reprodução assistida para mulheres com a idade superior a 50 anos é um risco a saúde. De fato depois dos 35 anos surgem mais problemas na gestação. Porém acredito que a palavra final nesse caso deveria ser da mulher e na sua condição física. Com tudo não estou abrindo um pressuposto para o aborto, mesmo por que diferente do aborto elas só querem ser mães.

Parabenizo todas as mães, em especial a minha mãe e a minha esposa, essa mãe exemplar.

Por. Leandro Medeiros 

sábado, 27 de abril de 2013

Valei-me


Leandro Medeiros declamando o poema da escritora Janaina Cruz, uma das ganhadoras do concurso de poesias da 2ª Mostra de poesia abril para a leitura edição Pedro Bandeira.
Realizado no dia 26/04/2013 no Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri em Juazeiro do Norte-CE.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cem pedaços de mim o meu 1ª livro



Sinopse

Cem pedaços de mim resume um pouco o que sorvi até então da vida, e o que eu absorvi e que será exposto em cem pedaços por essa obra literária, é a indignação com a política Brasileira, reflexões sobre a vida, as minhas canções e o meu grande amor Janaina Cruz.

À venda no site: 



sábado, 2 de março de 2013

Origami



Talvez fosse melhor assim
Em minhas mãos
 A arte poderia voar
Se ao invés de palavras
Utilizar o papel
Dobrando-o
Geometricamente
Num pássaro.
As curvas das letras
Substituídas
Por linhas retas
Talvez tenha mais poesia.

Por: Leandro Medeiros Santos

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Esperança



Quantas esperanças terão que morrer, quantas decepções serão necessárias para extermina-las? Ela é como Hidra de Lerna que se regenera quando a sua cabeça é decapitada, com a diferença que a esperança é um atributo dos mortais, que possuem apenas uma cabeça. O tempo é o que há de mais escasso na vida, e quanto tempo foi desperdiçado para que não haja mais desperdício de tempo? Queria eu que fosse o suficiente, mais talvez ainda não foi o bastante para que alguns sonhos não transformem-se em pesadelos.

Por: Leandro Medeiros Santos

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Original


                               

Talvez seja melhor ouvir toda essa poluição sonora que chamam de musica. Assistir todos os programas de humor, por mais que eu não veja graça. Vestir a moda mesmo que eu a ache brega e cafona. Vou incluir Luan Santana, Michel Teló e companhia LTDA na minha coletânea. Os meus sábados serão uma zorra total custe o que custar mesmo que todo mundo entre em pânico. Irei renovar o meu guarda-roupas com blusas coloridas e calças apertadas iguais a do restart. Vou me tornar um produto do meio. Quero ir para o outro lado da margem onde eu não seja mais marginalizado, quero me tornar um bom alienado, que não vive mais alheia às fofocas de artistas ou ao horoscopo, hoje eu li que o dia está propiciou a não ter personalidade própria, e é melhor plagiar do que ser original.

Por: Leandro Medeiros Santos

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Academia de Letras e Artes de Fortaleza-CE



No dia 26 de janeiro de 2013 no Hotel Holyday inn em Fortaleza-CE, a Academia de Letras e Artes de fortaleza “ALAF” em parceria com a ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESCRITORES E ARTISTAS “Literarte” realizaram a cerimonia de posse acadêmica para os novos acadêmicos correspondentes, e dentre eles encontraram-se a minha esposa Janaina Cruz e eu Leandro Medeiros Santos, e no dia 27 na livraria Nobel do shopping aldeota foi o lançamento da 4ª antologia poética. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que me custa é maior do que aquilo que me vale

Do que me vale a arte, uma indicação para uma academia, comentários, compartilhamentos no blog? A pergunta seria o que ela me custa? Custou-me muito mais caro do que até então ela me vale. Eu só não mato o desgraçado que me fez acreditar na arte por que não pretendo cometer suicídio, se bem que é um veneno e bebo uma dose a cada vez que escrevo ou componho... A arte é a minha ruína! Talvez algum dia eu construa um castelo com os seus tijolos, se bem que mal conseguirei erguer uma parede que não caia sobre mim.

Por: Leandro Medeiros Santos

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Raízes profundas



O nosso amor cresci em meio há rochas e espinhos
Sobe o sol escaldante e aridez da caatinga
Uma flor de mandacaru que floresce sem a chuva
O sabiá que canta todos os dias
 Mesmo sem cair uma gota de orvalho
Não será nenhuma seca
Por mais cruel que ela seja
Que irá abalar as nossas raízes
Pois o nosso amor é mais profundo do que o umbuzeiro
E armazena amor suficiente para enfrentar
 Qualquer estiagem, qualquer dificuldade

Por: Leandro Medeiros Santos



domingo, 20 de janeiro de 2013

Não componho mais sonhos



Não componho mais sonhos que possam se realizar
Acreditava que podia sonhar de olhos abertos
Mas o que enxerguei foi que não preciso fecha-los
 Para ter pesadelos
As cordas do meu violão há tempos não sabem mais
 O que é o dedilhado da esperança
O único verso que rima com a minha realidade
É quando a xerox é frente e verso
E o valor da mercadoria está no verso
O preço é a ultima informação que se expõem
Parece ser só mais uma de minhas crises
É isso que os meus dedos querem que eu acredite
Talvez eles estejam com a razão
E quem tenha que provar que eu estou errado
Seja eu mesmo

Por: Leandro Medeiros Santos




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